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B, bB, bB, bB, b
C, cC, cC, cC, c
Ç,çÇ, çÇ, ç
Ch, chCh, ch
D, dD, dD, dD, d
E, eE, eE, eE, e
F, fF, fF, fF, f
G, gG, gG, gG, g
H, hH, hH, hH, h
I, iI, iI, iI, i
J, jJ, jJ, j
K, kK, kK, kK, k
L, lL, lL, lL, l
Ll, llLl, llLl, ll
M, mM, mM, mM, m
N, nN, nN, nN, n
Ñ, ñÑ, ñÑ, ñ
O, oO, oO, oO, o
P, pP, pP, pP, p
Q, qQ, qQ, qQ, q
R, rR, rR, rR, r
S, sS, sS, sS, s
T, tT, tT, tT, t
U, uU, uU, uU, u
V, vV, vV, vV, v
W, wW, wW, w
X, xX, xX, xX, x
Y, yY, yY, yY, y
Z, zZ, zZ, zZ, z
Letras usadas en cada idioma

Mis idomas vinieron de varias maneras naturalmente. De mi familia, bable marinero del centro astur (Gozón), bable minero también central (de Langreo), y castellano de ambos lados; esos, desde 1942 hasta octubre de 1952. El castellano era el idioma enseñado en las escuelas, el permitido y único (teóricamente) en el estado franquista de España. Los bables “falados” en Asturias, Galicia, León y Santander no eran regionales ni comarcales, eran parroquiales con diversas palabras y acentos.

Frases curtaS

FrCURTAS de FAMOSOS…

Aldous Huxley – Castidade: a menos natural de todas as perversões sexuais. (Castidad: la menos natural de todas las perversiones sexuales.)

Walter Bagehor – A vida é uma escola de probabilidades. (La vida es una escuela de probabilidad.)

Fernando Pessoa – Cultura não é ler muito, nem saber muito; cultura é conhecer muito.

Ludwig Feuerbach – Somos aquilo que comemos. (Somos lo que comemos)

Ugo Ojetti – Uma das vantagens do prazer em relação à dor é que ao prazer pode-se dizer: basta. (Una de las ventajas del placer sobre el dolor es que al placer se le puede decir: basta.)

José Hierro – A poesia serve para dizer aquilo que não se poderia dizer. (La poesía me sirve para decir lo que no podría decir.)

Fernando Pessoa – Primeiro seja livre; depois peça a liberdade. (Primero sé libre; después pide la libertad.)

Vladimir Majakovski –A arte não é um espelho para refletir o mundo; é um martelo para golpeá-lo. (El arte no es un espejo para que refleje el mundo; es un martillo para golpearlo.)

Fernando Pessoa – O homem não sabe mais que os animais; sabe menos. Eles sabem o que precisam, nós não. (El hombre no sabe más que los animales; sabe menos. Ellos saben lo que es necesario, nosotros no lo sabemos.)

Jorge Luis Borges – Creio que com o tempo, mereceremos que não haja governos. (Creo que con el tiempo mereceremos que no haya gobiernos.)

Groucho Marx – “Inteligência militar” são dois termos contraditórios. (“Inteligencia militar” son dos palabras contradictorias.)

Stanislaw Jercy Lec– Não se deixem impor a líberdade de expressão antes da liberdade de pensamento. (No dejen que les impongan la libertad de expresión antes que la libertad de pensamiento.)

Anônimo – O que ri por último, pensa mais devagar. (El que ríe por último, piensa más despacio.)

Fadas e Duendes

                      FADA E DUENDE

      Termos empregados para designar seres fantásticos, sobrenaturais, do sexo feminino e masculino respectivamente. Fadas e Duendes fazem parte do acervo cultural de todos os povos, para os quais sempre influíam, magicamente, nos acontecimentos humanos. Sua presença foi pri-mitivamente dada como ocorrente nos bosques, nas encruzilhadas, nas fontes e nas orlas das florestas, denunciando este fato a sua procedência pagã. Na mitologia greco-romana são encontrados seres correspondentes, como as Náiades e os Faunos, habitantes das águas.

      Na Idade Média e épocas posteriores, esses seres fantásticos se apresentavam, principalmente na Europa, mais ou menos cristianizados; daí ter mais relevo sua ação benéfica ou malefica, e sua invocação para uma possível proteção. Os termos aparecem então na literatura, quer em simples alusões, quer em invocações.

      As Fadas e os Duendes tomam em seu aspecto exterior nuanças dos vestuários dos santos e anjos. São pintados sempre como seres de feições bondosas. Por vezes aparecem em dimensão humana, atribuindo-se às Fadas grande habilidade para tecer e fiar. A expressão ‘mãos de fada’ teve origem nesse fato. Também o uso freqüente do termo plural, se deve à tradição de que as fadas só andavam em grupos de três. Eram também conhecidas como ‘senhoras fatais’.

      Várias outras crenças se originaram da ação das Fadas e Duendes. Muitos acreditavam que, ao nascer uma criança, as fadas tivessem papel preponderante na determinação de seu destino. Daí o vocábulo latino fata, plural de fatum (destino), ser a referência etimológica. Na arte dramática, o termo ‘feérico’ teve origem na crença da ação das fadas e duendes nas cenas dos grandes espetáculos, antigamente apresen-tados pelos feitos de esses seres fantásticos, tais como feiticeiras, mágicos, fadas, duendes, gnomos, silfos. Neste caso, o movimento cênico aparece como algo de fantástico e irreal.  M.O.G.

 

Pode…, não pode… (Puedes…)

caer caemos, culpa de la gravedad

PODE…, NÃO PODE…

 

          Mamãe, posso brincar?

          Pode, meu filho, pode brincar à vontade!

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          Itamarzinho? O que você está fazendo?

          Brincando mamãe!

          Onde você está filhinho?

          No banheiro mamãe!

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          Itamarzinho? Por que você está todo molhado?

          Brincando mamãe… assim…

          Itamarzinho! A cabeça na privada, não pode, não!

          Mergulho mamãe…

          Itamarzinho! Não pode!!

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– Itamarzinho? …Itamarzinhooo? …Itamarzinhooohoo?! …Itamaaarrr! Meu filho, dentro da geladeira? Você quer acabar com a minha vida, meu filho?                       

          Brincando mamãe…

          Dentro da geladeira não pode!

          Brincando de Esquimó…?

          Não pode! Não pode! Não pode, não!!

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          Itamarzinho? …Itaa?! …Iii?

          Oi? …Mamãee..!

          Itaa…?

          Oi? …Mamãe …mais quente!

          Itamaaar?!

          Mais quentinho mamãe…!

          Itamarzinho! No meu guarda-roupa?

          Achouu…!

          Itamarzinho! …Olha! todas as roupas amassadas. As roupas que eu passei de manhã! Que mal que eu fiz para merecer isto, meu Deus?! Itamarzinho, no guarda-roupa não pode, não! De jeito nenhum! Não pode!!

          Esconde-esconde, Mamãe…?

          Não pode Itamar, não pode mesmo! Criança levada assim…, nunca vi! O que vou fazer da minha vida? E só tem três anos, só três! Santa Maria! Pinta!! e Nina!!! Ou será Niña? Meu Deus! Nem Colombo que punha o ovo em pé, conseguiria agüentar! Itamarzinho vai, filhinho, vai assistir tevê. Vai assistir aquele desenho para crianças, vai…!

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          Ainda bem que tive uma boa idéia, meu Deus! Ficou feliz e tranqüilo agora!

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          Itamarzinho…? Está gostando filhinho?

          Mamãeee! Olha eu…!

          Já vou filhinho…, já vou!

          Mamãe! Olha, olha eu…!

          Ita…, Ita…?!

          Super-meninooo…, Mamãeeee!!

          Itamarzinhooo….!!!

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POOFT!

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Diálogo mantido no quarto andar de um prédio de classe média, entre a amorosa e jovem mãe e seu filhinho, que completaria seu quarto aniversário em menos de quatro semanas.

PUEDES…, NO PUEDES…

 

          Mamá, ¿puedo jugar?

          Puedes, hijo, ¡juega como quieras!

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          ¿Rodolfito?, ¿qué estás haciendo?

          ¡Jugando mamá!

          Pero, ¿donde te metiste hijito?

          ¡En el váter mamá!

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          ¿Rodolfito? ¿Por qué  estás todo mojado?

          Jugando mamá… así…

          ¡Rodolfito! La cabeza en el retrete no, ¡que no!

          Buceo mamá…

          ¡Rodolfito! ¡¡No puedes, no!!

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         ¿Rodolfito? …¿Rodolfitooo? …¡¿Rodolfoooooo?!

…¡Rodolfín! Hijo mio, ¿dentro de la nevera? ¿Tu quieres matarme del susto, hijito?                       

          Jugando mamá…

          Dentro de la nevera, ¡no se puede!

          ¿Jugando de Esquimal…?

          ¡No se puede! ¡No puedes! No, no y ¡¡no!!

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          ¿Rodolfito? ..¡¿.Rodol?! …¿Roo?

          ¿Sí? …¡Mamiii..!

          ¿RoOO…?

          ¿Hola? …Mami …¡más caliente!

          ¡¿Rodolf?!

          ¡Ardiendo mamá…!

          ¡Rodolfito! ¿Em mi armario?

          ¡Aquí…!

          ¡Rodolfito! …¡Mira! todas las ropas arrugadas. Las ropas que planché por la mañana. ¿Qué mal he hecho para merecer esto, Dios mio? Rodolfito, dentro del armario no se puede, ¡no! ¡De manera ninguna! ¡¡No se puede!!

          Al escondite, ¿Mami…?

          No se puede Rodolfo, ¡de verdad que no! ¡Nunca he visto um crío revoltoso como este! ¿Qué haré de mi vida? Y solo tiene tres años, ¡tres!, ¡La Pinta!, ¡¡La Niña!! y ¡¡¡La Santa Maria!!! ¡Dios mio! Ni Cristobal Colón que ponía los huevos de pie, aguantaría esto. Rodolfito, hijito, vete a ver la  tele, anda. Los dibujos animados para niños son muy bonitos, puedes verlos todos, vete.

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          ¡Menos mal que se me ocurrió uma buena idea, Dios mio! ¡Ahora se quedó feliz y tranqüilito!

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          ¡Rodofito…? ¿Te está gustando hijito?

          ¡Mamáaa! ¡Mírame…!

          Ya  voy hijito…, ¡ya voy! 

          ¡Mamá! ¡Mira, ven a verme…!

          ¡¿Rodol…, Rodol…?!

          ¡¡Super-niñoooo…!!, ¡¡Mamáaaa!!

          ¡¡¡Rodolfitooo….!!!

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¡PLOOF!

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Diálogo mantenido en el cuarto piso de una vivienda de clase media, entre la joven y amorosa madre y su hijito, que cumpliría sus cuatro añitos en menos de cuatro semanas.

 

                                               M.O.G. (14/10/2005)

 

 

 

Pablo Neruda – Atención (Atenção)

poema Atención (Atenção)

“Atención” (1973)

 Pablo Neruda

 

El pez nada en el ancho mar:

vive bien.

El zorro en su covacha, huele a selva: no está mal.

El pájaro: ¡que casa grande

y limpia habita!

Al mamífero grande

le sobra espacio.

La culebra: ¡vive lindo,

sobre hierba y rocío!

Solo el hombre es miserable

sobre la tierra que le pertenece.

Le falta espacio, agua, cielo, luz,

techo, intimidad, felicidad:

muchachos comunistas:

a ustedes les toca arreglar este

asunto: la vivienda: es decir,

¡la vida!

 

“Atenção” (1973)

 Pablo Neruda

 

O peixe nada no amplo mar:

vive bem.

A raposa na sua biboca, cheira a selva: nada mau.

O pássaro: que casa grande

e limpa habita!

Ao mamífero grande

Sobra-lhe espaço.

A cobra: vida boa,

sobre a grama e o orvalho!

Só o homem é miserável

sobre sua própria terra.

Falta-lhe espaço, água, céu, luz,

teto, intimidade, felicidade:

rapazes comunistas:

vocês devem consertar esta

questão: a moradia: ou seja,

a vida!

Transformações/Transformaciones

Todo se transforma, nada acaba ni empieza

Tudo se transforma, nada acaba nem começa

    O Tucano

    O Tucano nunca se sentiu satisfeito no tempo que era Pica-pau, e pensava: “nasci Piciforme e vou morrer Piciforme. Meus filhos, meus netos serão também Piciformes, mas não vou ficar a vida inteira bicando cascas de árvores para comer insetos e larvas; não ficarei conformado com minha sina: hei de mudar”.

    O Tucano estava muito satisfeito com sua plumagem de cores bem combinadas, que a todos chamava a atenção. Sempre narcisista, ficava pousado, imponente, observando-se no reflexo da lagoa e escutando com atenção os comentários admirativos de seus parentes, os próprios Pica-paus, Papagaios e Cucos.

    E, em uma tarde de verão tropical de antigamente, quando a floresta ainda pensava que o tempo era imutável, o Tucano, mais nervoso que outros dias, pensando:”…hei de mudar…”, furiosamente, com toda sua força bicava seguidamente o tronco de sua árvore predileta.

   Nunca se soube com certeza, se foi em conseqüência de suas bicadas ou do certeiro raio que inicia a chuva torrencial da tarde tropical, que fez desprender-se o pesado galho da árvore em que estava empoleirado nosso herói, atingindo e prensando seu bico fortemente.

   Muita dor de cabeça, medo de morrer sozinho e esquecido, fizeram desmaiar nosso Tucano…  … quando acordou, muito, muito tempo depois, e conseguiu safar-se da mortal armadilha, não foi necessário ver sua imagem refletida na lagoa: a primeira sombra do entardecer, mostro-lhe a terrível desproporção de seu novo bico, tão grande e estreito em razão do terrível e longo amasso.

    Nunca mais reclamou de sua sina nosso Tucano, mais agora se alimenta de frutinhas e bagas: virou vegetariano, mais às vezes come, para variar, pequenos animais e filhotes de outras aves, talvez para lembrar das suas origens

           Seus descendentes não sabem até hoje, se o bico descomunal que exibem foi por castigo divino, ou tal vez pelos mistérios da evolução das espécies.

             M.O.G.

SIDRAblog

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